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José Saramago, Prémio Nobel da Literatura, nasceu no Ribatejo a 16 de Novembro de 1922 e morreu em Lanzarote a 18 de Junho de 2010. Foi serralheiro mecânico, funcionário da saúde e da previdência social, escritor, desenhador, editor, crítico, tradutor e jornalista. Foi Saramago-menino, Saramago-adolescente, Saramago-adulto e Homem-Rio. Mas, ao contrário de um rio, um escritor tem mais do que duas margens, como se diz nesta biografia escrita por Inês Fonseca Santos e ilustrada por João Maio Pinto.
No Pato Lógico, Inês Fonseca Santos assina também os textos de António Variações. Fora de Tom, Um Milhão de Rebuçados e do atividário Dança.
A colecção Grandes Vidas Portuguesas nasceu em 2014 de uma parceria entre o Pato Lógico e a Imprensa Nacional-Casa da Moeda. É dedicada às vidas de personalidades que se destacaram em vários domínios da História de Portugal.
José Saramago. Homem-Rio por Inês Fonseca Santos
«Não é fácil contar a vida de um homem. Sobretudo quando a vida desse homem se confunde com parte da História do país, quer política, quer cívica, quer literariamente. Por isso, resolvi regressar ao princípio: ao princípio da minha vida com os livros de Saramago e ao princípio da vida de Saramago. No fundo, estava a cumprir os primeiros versos de “Protopoema”: “Do novelo emaranhado da memória, da escuridão dos nós cegos, puxo um fio que me aparece solto.” Neste verso, está uma palavra fundamental para se compreender o processo da escrita: “aparece”. O que me apareceu foi, então, a imagem do Homem-Rio, que depois desenvolvi. Nesta tentativa de puxar fios que talvez estejam soltos, de seguir por afluentes deste rio, foram fundamentais As Pequenas Memórias, belíssimo registo autobiográfico de Saramago, algumas crónicas intimistas do autor e o volume José Saramago nas Suas Palavras, com edição de Fernando Gómez Aguilera. Estas leituras deram-me pistas para o difícil processo de selecção que tive de fazer: escolher não tanto o que contar, mas o que deixar de contar.
Até porque estava a dirigir-me aos mais novos. Que ainda não leram Saramago (talvez tenham lido os livros infanto-juvenis). Que podem nem sequer saber o que foi o 25 de Abril. Que, se calhar, nem sabem o que é o Nobel. Como falar disto que não conhecem ainda sem ser paternalista? É que não há leitores mais exigentes do que os mais novos e não há leitores com maior capacidade de espanto e com maior vontade de questionar do que os mais novos. Foi isto que me fez tentar construir ou reconstruir a casa de Saramago — a da infância, para o tornar mais próximo; a da literatura, para o tornar mais vasto, para revelar o que pode um escritor, o que consegue um escritor: ir a Marte, por exemplo, sem grandes alaridos; fintar o tempo, sem que se dê conta; manter sempre uma oliveira à porta de casa; e plantar uma árvore que dá livros.»
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