Este Teatro que nasce lá atrás, nos bastidores da História, é português, por vezes vê-se grego e até fala francês: oh lá, lá, Molière, avant-scène, Scaramouche. Este Teatro rompe a quarta parede que o separa do público, pede olhos de ver e palmas de bater. Este folheia-se para encontrar sarilhos dos bons, tem malaguetas que não picam na boca e galinheiros para pessoas sem asas. Este Teatro, cheio de comédias, dramas e tragédias, é um atividário editado pelo Pato Lógico – agora transformado em animal de palco.

O Teatro estreou-se com o apoio do Teatro Maria Matos, do Teatro São Luiz, do Teatro Nacional São João, do Teatro Municipal do Porto, do Teatro Micaelense, do Centro Cultural Vila Flor, do Teatro Virgínia, do Teatro Municipal da Guarda, do Teatro Académico de Gil Vicente, d’O Espaço do Tempo e da Rede 5 Sentidos.

Um atividário (actividades+abecedário) é um livro temático organizado por ordem alfabética, que propõe actividades práticas para fazer na escola ou em casa. De A a Z, cada tema é explorado através de referências artísticas, históricas, científicas ou filosóficas. Cada atividário pode ser uma ferramenta de aprendizagem, mas deve ser, sobretudo, um objecto lúdico, aproximando pais e filhos, avós e netos, alunos e professores, através da experiência da leitura e da concretização das actividades propostas.

Teatro – atividário por Ricardo Henriques

«Estrear o Teatro foi bem mais difícil do que lançar o primeiro atividário à água. Primeiro, porque eu já degluti mais peixe do que peças de teatro. Segundo, porque ser público é bem diferente de ser autor. Terceiro, porque o tema está sujeito a interpretações que mudam constantemente. A Eugénia Vasques puxou-me as orelhas constantemente para que o Teatro não se comprometesse com definições datadas. Para não cairmos em apupos, o Teatro é tudo isto: pessoas num sítio a ver coisas a acontecer.»