Este livro é uma viagem. Da protoescrita dos símbolos desenhados em grutas há mais de 40 mil anos aos emojis que sintetizam emoções nos ecrãs dos dias de hoje, com paragens em pictogramas e logogramas, em glifos e hieróglifos. Também descreve a evolução dos alfabetos que usamos para dar nomes às coisas e fala de ombros, pernas, orelhas ou barrigas na análise à anatomia dos tipos. E até te apresenta outros tipos, aqueles tipos designers que se dedicam a criar letras com conta, peso e medida.

No fundo, este livro põe os pintos nos is, as serifas no seu lugar e a tinta nos carateres para te contar a história do alfabeto latino e revelar segredos sobre tipografia.

Ricardo Henriques, autor do texto, junta-se a Madalena Matoso, responsável pelas ilustrações, e a Rúben Dias, consultor científico, para te guiar numa aventura pelos milhares de anos de existência humana dedicada à comunicação escrita.

Tipos Curiosos. Pequena História das Letras tem design e direcção de arte do Pato Lógico, edição da Imprensa Nacional-Casa da Moeda e é um dos três livros que celebram os 250 anos desta instituição.

Tipos Curiosos. Pequena História das Letras por Ricardo Henriques

«Neste livro, os tipos mais curiosos são o K, o W e o Y, uma espécie de refugiados das letras que contam as desventuras do alfabeto latino e a história das boas e más impressões. Tenho especial orgulho em ter escrito um pangrama original e agradavelmente absurdo, “agita whisky jovem q.b. com xerez no bidé felpudo”, fi-lo a pensar nos designers portugueses cansados de verem “quick brown foxes jumping over lazy dogs”.»

Tipos Curiosos. Pequena História das Letras por Madalena Matoso

«O André Letria telefonou-me, um dia, a perguntar se gostaria de fazer as ilustrações para um livro sobre a história das letras. A linguagem, a escrita, a história da escrita, os diferentes alfabetos, o desenho das letras e as técnicas de impressão são temas que me interessam muito, mas não sou especialista no assunto. Não sabia até que ponto tinha o perfil certo para fazer as ilustrações deste livro… Sabia que o Ricardo Henriques e o Rúben Dias estavam no projecto e, apesar de prever um livro com uma forte componente técnica, diferente de tudo que tinha feito até então, estava com muita vontade de explorar este universo. E, assim, fomos avançando. Recebi os primeiros textos e fui fazendo as primeiras experiências. Houve vários caminhos que foram explorados (diferentes cores e estilos). O arranque teve avanços e recuos. Quando encontrámos um caminho gráfico que nos parecia fazer sentido, havia que tentar segui-lo com determinação. Desenhar hieróglifos, fenícios, monges copistas, alfabetos diferentes, letras góticas, pictogramas, máquinas, designers…. Tentar ser o mais rigorosa possível, mas fazer os possíveis para que o humor e a poesia não ficassem de fora. Para cada ilustração a fazer, havia pesquisa e muitas coisas a aprender. Mas é também por isso que gosto de fazer livros. Para compreender melhor as coisas através dos desenhos. Para aprender à medida que vou fazendo. A Andreia de Almeida fez o design gráfico e paginação, e foi uma grande companheira de viagem: rigorosa, atenta e de uma paciência que parecia não ter fim.»