A Biblioteca Nacional de Portugal tem mais de 200 anos. Antes de ser conhecida por esse nome, chamou-se Real Biblioteca Pública da Corte e, depois, Biblioteca Nacional de Lisboa. Já teve outras instalações, mas o edifício actual foi inaugurado em 1969. Onde se situa, então, a maior biblioteca do país? Por quantas casas passou? Quais os tesouros que guarda? Quantos livros há na torre do depósito? Qual será o seu livro mais famoso? E o maior? Ou o mais pequeno?

As entradas, a desinfestação, a catalogação e a classificação, o depósito na torre, o restauro, a conservação e a encadernação são as várias etapas que constituem o percurso do livro no interior deste património bibliográfico. Também o leitor tem o seu percurso próprio nas salas de referência, de leitura geral, de leitura dos reservados e até de cartografia, iconografia e música. Há salas e leituras para todos.

Vamos Descobrir a Biblioteca Nacional de Portugal, com texto de Luísa Ducla Soares e ilustrações de Mariana Rio, apresenta-nos uma casa que é um monumento à leitura e à sua democratização e que tem tantas histórias para contar como os livros que lá estão guardados. A edição é da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, com o apoio da Biblioteca Nacional de Portugal e direcção de arte do Pato Lógico.

Vamos descobrir a Biblioteca Nacional de Portugal por Luísa Ducla Soares

«Sou fã de bibliotecas e trabalhei mais de 30 anos na maior de todas: a Biblioteca Nacional de Portugal. Que sorte passar a vida num local ímpar que guarda a memória de um país! Entre milhões de livros e documentos, antiquíssimos e modernos, de gravuras, de músicas, de mapas que acompanharam a descoberta do mundo… Então resolvi convidar os jovens a entrar nela, a descobrirem os caminhos por que os livros passam, a maravilharem-se com os seus tesouros, a ver exposições, a desejar tirar, um dia, o cartão de leitor…»

Vamos descobrir a Biblioteca Nacional de Portugal por Mariana Rio

«Durante o processo de ilustração do livro Vamos Descobrir a Biblioteca Nacional de Portugal, foi muito interessante poder misturar referências que variam no espaço e no tempo, por vezes até na mesma ilustração. Um bom exemplo é um cenário que criei, com as várias localizações da biblioteca ao longo dos anos. Foi também muito estimulante poder envolver personagens ficcionais em referências históricas reais, como os vários edifícios da biblioteca nacional e os livros que ali habitam. Já a um nível mais técnico, este foi o primeiro livro no qual tive a oportunidade de trabalhar com cores directas de impressão,e isso revelou-se fantástico, pois relaciona-se mesmo bem com o meu processo de trabalho. O objecto final reflecte directamente o acto de pensar e de fazer as imagens, e está intrinsecamente coeso comigo.»